segunda-feira, 5 de outubro de 2009

[Conto] Um Novo Funcionário...


Celular soa o som do despertador, eram sete e meia, hora de acordar para mais um dia de trabalho. Como todos dias me levanto, fumo um cigarro, como pão e frutas no café da manhã e parto para enfrentar o trânsito caótico de São Paulo.

9 horas, chego ao escritório, cumprimento a todos, pego meus memorandos com a secretária e vou trabalhar em minha sala. Era dia de recepção na empresa, afinal, havia chegado um novo advogado, chamava-se Emílio. Por ser um dos advogados mais antigos da empresa, caberia a mim a missão de apresentá-lo ao pessoal, sendo assim, adiantei meu serviço.

Exatamente às 10:30hs ele chega, minha secretária anuncia, peço que entre. Eu, que o imaginava como um menino franzino, assim como os que sempre aparecem por aqui, me surpreendi. Vi-me diante de um rapaz alto, por volta dos 1,85m, barba por fazer, cabelos louros, olhos verdes. Trajava um terno mais claro, camisa levemente rósea. Um belo homem.

Apresentei-me, após isso ele disse que já havia ouvido falar de meu serviço, que salvei muitas das empresas que defendi e que queria muito trabalhar ao meu lado. Fiquei lisonjeado, sem demonstrar muito, pois não era esse meu forte. Reparei que ele me olhava enquanto passávamos pelas outras salas, com uma libido comedida, talvez. Creio que eu também não sou de se jogar fora. Pele clara, olhos castanho claros, cabelos pretos e um fino cavanhaque. Como eu adoro correr e malhar, tenho um físico exemplar para os padrões. Deixei que ele olhasse a vontade e transcorri normalmente com as apresentações.

Fomos almoçar juntos, para que eu conseguisse mais informações sobre esse homem, e também para que o mesmo se sentisse mais a vontade, afinal, o serviço não é fácil. Ele mostrou-se bastante entusiasmado com o emprego, disse que sabia o que enfrentaria e que vai encarar isso com muito afinco. Gostei disso.

Sexta feira, já conversávamos muito, e as olhadas não diminuíram, pelo contrário, aumentaram, resolvi que hoje haveria o tira teima. Convidei-o para ir até meu apartamento a noite, para o caso de ele precisar de ajuda quanto ao serviço e tabelas de informações, modelos de petições, enfim, coisas corriqueiras. Crendo piamente em que ele não cairia nessa, ele já havia aprendido tudo, não poderia ser assim tão insolente.

Chego em casa às 7:15hs, tomo um bom banho, visto uma bermuda despojada e sem cueca, afinal, estava com calor, preferi ficar sem camisa. Preparei algo leve para comer. Às 9:00hs meu interfone toca, era o porteiro, avisando que Emílio estava aqui, deixei-o subir. Fui recebê-lo, e para a minha surpresa o encontro com uma camiseta regata colada e uma bermuda, parece que havia acabado de sair da academia. Ofereci-lhe um suco e ele aceitou. Sentando-se em seguida no sofá. Foi quando o perguntei.

-Então, ainda com dúvidas? Parece estar pegando rápido o serviço.

-Pois é, mas sabe, tenho que me certificar de tudo que farei, afinal, deve ser muito bem feito.

-Huummm, entendi. Ok, pode me perguntar - começo a olhar para os olhos dele, ele não parecia a vontade.

- O que aconteceu? Parece que está nervoso ou algo assim? Seus olhos viram algo que não lhe agradou?

-Pelo contrário, é por causa destes olhos que não sei se fico mesmo trabalhando por lá. Não consigo parar de olhar para você, sinto que estou te constrangendo. Mal consigo me concentrar em minha função.

-Calma - eu lhe respondo - Não é de hoje que percebi isso, e nem é por acaso que lhe convidei. Diga, o que você quer na verdade?

Houve então um silêncio de no máximo uns cinco segundos, rompido por um estampido, um misto de respiração ofegante com um puxão. Emílio não disse nada, apenas puxou-me e deu-me um beijo que há muito tempo não sentia, era como se o chão não existisse sob meus pés.

Devido à posição que estávamos, perdemos o equilíbrio e caímos no chão, e lá ficamos. Eu não sabia ao certo o que estava fazendo, apenas queria sentir cada centímetro de seu corpo junto ao meu. Eu correspondia seus beijos e o acariciava.

Foi quando o peguei e levei até o sofá do qual caímos. Parecíamos dois animais sedentos. Atracados, atrelados, entrelaçados. Em poucos instantes nossas roupas voaram pela sala, seguidos de sussurros abafados e tórridos.

-Que isso fique apenas entre nós - Disse-me Emílio ofegante.

-Claro - respondo com um sorriso de canto de boca.

Ficamos nos acariciando, até que minhas mãos encontraram o tesouro proibido... Eu mexia com ele como uma adolescente inexperiente, diante do primeiro pênis de sua vida. Beijo seu pescoço, e vou descendo devagar, ao ritmo dos sussurros de minha presa indefesa. Arranco-lhe gemidos calorosos ao começar uma flamejante série de sexo oral. Ele tremia, era como se nunca houvesse sido chupado por alguém. Me senti único.

Ele puxou-me e emendamos em um maravilhoso 69, gemidos abafados por nossos membros, o sofá era pouco para nós.
Levei Emílio para meu quarto, mal chegamos à cama e já estávamos loucos, ensandecidos um sobre o outro. Foi quando ele sussurou em meu ouvido:

-Realize meu desejo, entre em mim, faz-me seu escravo!

Foi a deixa que eu esperava. Virei-o abruptamente de bruços e comecei a brincar com sua entrada, usava os dedos bezuntados de saliva, e logo após com KY (lubrificante íntimo para quem não entendeu). Percebi que era hora, comecei a pouco a pouco forçar em sua entrada, e como era apertada. Ele gemia num misto de dor e prazer, pedia que eu fosse logo com tudo, que o preenchesse por completo.

Forcei todo o meu membro para dentro dele, como um verdadeiro servo de baco, houve um grito de dor, mas também de satisfação. Ficamos alí atrelados, gemendo em uníssono, seguindo os rítmos de nossos corpos, uma verdadeira melodia da libertinagem. Mudamos de posição e por fim, gozamos juntos. Para limpar nossos corpos, tomamos um banhozinho, fora então a vez dele, fazia tempo que não conseguia tanto prazer com um homem, ele conseguiu usar aquele cenário a favor dele. Seu membro quente e rígido fazia-me viajar ao nirvana da luxúria.

Após tudo isso, satisfeitos, exaustos e lavados. Nós dormimos como anjos, sim, anjos do inferno, que após muitas travessuras resolveram descansar para aprontar sempre mais e mais.

Fiquem com Deus e espero que tenham gostado do conto.

Por Negah, a Indomável e Indomesticável.

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